Oi gente, quem acompanhava o blog antigamente sabe que eu tinha alguns colaboradores. Então, um deles acaba de voltar para encher nossas cabecinhas com muito conhecimento sobre musica, o senhorito Marquinhos (para quem não conhece o menino, vou deixar as redes sociais do moço no final do post)!! Nosso colaborador esta morando nos Estados Unidos e teve o prazer de ir ao show de uma banda que eu considero pacas e vai nos contar neste post sua linda experiencia.
Cores, luzes, efeitos
sonoros e uma Tame Impala muito entrosada. Isso tudo já seria garantia para um
belo show de rock, mas o contexto tornou a noite do dia 9 de novembro um
momento épico. Lá estava eu, para o primeiro show da turnê do grupo em umas das
ruas mais famosas do mundo, a Broadway, que rasga o coração de New York, em um
dos lugares mais incríveis da cidade, o imponente e luxuoso Beacon Theatre com
seus 85 anos de história. Confesso que por fotos é impossível ver toda a beleza
do lugar. Quando cheguei no local (fui a segunda pessoa), fiquei um tempo
esperando abrir e já me surpreendi com o que vi da entrada. Lá dentro tudo era
ainda mais imponente e magnífico. Deixando um pouco de lado o local, lá estava
eu sentado na terceira fila de bancos colado no palco com um copo de Guinness
na mão esperando o primeiro show da noite, do multi-instrumentista Delicate
Steve e sua trupe, que fizeram um show instrumental excelente, surpreendendo a
todos com um som que mistura prog rock, folksy twang, ritmos africanos e
surf-rock, com uma pitada de muitos outros ritmos.
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Pra quem não conhece
(99,999% das pessoa que vão ler isso), eu super recomendo, o som deles é
completamente louco, mas em uma loucura que faz sentido (ou não). Bom, depois do
belo show de abertura, as luzes começaram a piscar e lá estava o que pra mim é uma
das melhores bandas da atualidade, os australianos do Tame Impala e seu Rock
psicodélico perfeito.
O grupo abriu o show com Be Above It, recheada de
efeitos, mostrando que a noite seria um viagem nos sentidos. Na segunda música,
eles já entraram de cara com um de seus primeiros sucessos, a excelente
Solitude Is Bliss, para todo mundo cantar junto, dançar seguindo o ritmo da
guitarra e entrar de vez na vibe. Na terceira faixa, Why Won't You Make Up Your
Mind?, você sentia como se a voz de Kevin Parker estivesse dentro de sua cabeça,
e a explosão de cores fazia com que você se sentisse sob o uso de drogas de
tanto psicodelismo. Mantendo a mesma ideia tivemos a quarta música da noite, It
Is Not Meant to Be, pra na sequência a pulsada e grudenta (no bom sentido) Why
Won't They Talk to Me?, com seu refrão pra lá de pegado. Na sexta faixa tive um
dos momentos mais esperados do show, com a Zeppeliana música Elephant, uma
pedrada na mente de todos que estavam ali. Seu riff pesado e forte dava a impressão
de tirar nossos pés do chão enquanto balançávamos a cabeça, incrível. Na sequência
era hora de relaxar depois da pedrada com todo os efeitos de Endors Toi, para então
surpreender-se com Oscilly, onde Parker usa sua guitarra pra rasgar acordes e
abusar da distorção enquanto as ondas sonoras criadas eram mostradas no palco.
SIM, você podia não só escutar como ver toda as ondas sonoras criadas!
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O show
seguiu com um dos hits mais famosos da banda, a brilhante Mind Mischief, onde
toda a platéia pode viajar junto com a banda (imaginando o ótimo clipe da
música, no meu caso), para depois dar de cara com o outro petardo da noite.
Utilizando 3 guitarras, a banda rasgou a noite de New York com a melhor faixa
do primeiro disco, a perfeita Half Full Glass of Wine. Pra quebrar o peso, a
banda levou todos para uma viagem com Newer Jam, uma jam muito bem tocada e
extremamente relaxante, que era seguida pela agitada Alter Ego. Para
"finalizar", todo mundo cantou junto a "última" música do
show, Apocalypse Dreams com sua grande massa sonora. O show acabou, mas todos
sabiam o que vinha pela frente. A banda retornou ao palco com o que talvez seja
sua composição mais famosa, Feels Like We Only Go Backwards foi cantada, dançada,
pulada e gritada por todos os ali presentes, lembro de uma guria enlouqecida
que foi para a frente do palco e convenceu o segurança a ficar ali dançando
descontroladamente. Certo ela, era hora de aproveitar os últimos instantes de
um show incrível. Após o momento de puro êxtase, a banda despediu-se com
Nothing That Has Happened So Far Has Been Anything We Could Control, era hora
de dar fim a viagem e desfrutar os últimos momentos de psicodelismo. O show
acabou, era retornar ao mundo normal e pegar o metrô para voltar para casa com
a certeza que aquele show iria ficar pra sempre na minha memória.
